Vereador - PCdoB Passo Fundo





quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Projeto focado no meio ambiente deve ser votado hoje

Deve ser votado na Sessão Plenária da Câmara de Vereadores desta quarta-feira, 20, o Projeto de Lei do vereador Juliano Roso (PCdoB) que dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais de Passo Fundo. Caso seja aprovado, os estabelecimentos comerciais ficarão obrigados a utilizar para o acondicionamento de produtos e mercadorias em geral, embalagens plásticas oxi-biodegradáveis – OBP’s ou embalagens retornáveis.
            Entende-se por embalagem plástica oxi-biodegradável aquela que apresente degradação inicial por oxidação acelerada por luz e calor, e posterior capacidade de ser biodegradada por microorganismos e que os resíduos finais não sejam eco-tóxicos.
            O pânico provocado pelo aquecimento global tem nos levado a soluções interessantes para preservar o meio ambiente. Em alguns casos, o investimento financeiro para diminuir a poluição é gigantesco e complexo. Exige dinheiro e também a alteração de métodos de produção consolidados e a utilização de matérias-primas menos poluentes em produtos imprescindíveis em nosso cotidiano. É o que ocorre com o plástico, fração de 3 a 5% de cada barril de um material que utiliza petróleo em
sua produção e que, para piorar, demora para desaparecer do mapa. Algumas embalagens plásticas levam até 300 anos para se decompor.
            Redes de supermercados em muitos lugares do mundo começam a cobrar pelo saquinho plástico utilizado pelos clientes. São Paulo alguns supermercados cobram R$ 0,05 por cada “sacolinha”, um preço ainda simbólico. Conforme Juliano “Em nossa cidade algumas redes incentivam seus clientes a utilizar caixas de papel para acomodar suas compras. Isso denota uma compreensão da gravidade da situação. O que importa, porém, é o despertar da consciência para o problema, que atinge grande parte do mundo.” Acostumadas a carregar as compras, as pessoas incorporaram os saquinhos plásticos no cotidiano. Utilizam-se deles para forrar latas e abrigar o lixo doméstico. E aí começa o problema.
            Onde não existe a coleta seletiva, todo esse plástico termina em aterros sanitários e lixões a céu aberto, dificultando e impedindo a decomposição de materiais biodegradáveis. A situação poderia ser amenizada se houvesse maior preocupação com a reciclagem do nosso lixo doméstico. Em média, cada saquinho de supermercado que você joga no lixo pode demorar até um século para desaparecer completamente. Só para ter uma idéia, o Brasil produz anualmente 210 mil toneladas de plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos. E isso representa cerca de 10% do lixo do país.


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