Vereador - PCdoB Passo Fundo





segunda-feira, 14 de junho de 2010

O papel da juventude na política brasileira

 
            A juventude brasileira esteve sempre à frente da política desde o império. Desde a rebeldia da juventude abolicionista, como a de Castro Alves, que com 22 anos escreveu o poema “O Navio Negreiro”, que a luta da juventude brasileira esteve aliada as conquistas populares como a campanha pela o “Petróleo é Nosso” e a criação da FEB na 2º Guerra Mundial. Depois foi ela a protagonista da resistência à Ditadura militar de 64, nas diretas já pela democratização do país em 84, na garantia de uma constituição democrática em 1988, que deu aos jovens o direito de votar aos 16 anos, passando pelo movimento dos Caras Pintadas, personagens da retirada, pela primeira vez em nossa história de um Presidente da Republica. Foram os jovens que resistiram as privatizações das estatais e os desmontes das universidades públicas no governo de Fernando Henrique Cardoso.           
            Assim como, os gregos que entendiam a cidadania e a participação política como liberdade. É necessária uma grande mobilização social e popular no Brasil para recuperamos essa idéia entre os jovens de hoje, que estão aprisionados no mundo das necessidades, do individualismo, nesses tempos obscuros de neoliberalismo.          
            Vivemos um tempo que aprisiona e pressiona os jovens, por resposta a anseios pessoais e não coletivos, um mundo que cobra para que sejam competitivos, empreendedores, um mundo concorrencial, que mitiga a idéia da esfera pública, dissolve a juventude como um produto a ser consumido, em formas comportamentais, sem perspectivas totalizantes.          
            Os jovens vivem angústias pessoais seriíssimas na vida familiar e na vida profissional, na decisão do futuro que se inicia, carregam o peso de dar respostas para muitas questões que a sociedade ainda não resolveu. E é, ainda, a fase da vida que constroem sua personalidade e suas escolhas, de acordo com o contexto social, cultural e econômico que estão inseridos.            Para tanto é necessário apresentar formas de constituição social e cultural que sejam sensíveis, eficazes, capazes de conhecer a realidade dos jovens brasileiros, seus sonhos e expectativas.                       
            A juventude é por natureza impregnada de simbolismos, potencialidades, fragilidades e inexplicáveis ambigüidades. Todas essas características devem ser avaliadas e levadas em conta para construirmos políticas públicas para as diferentes juventudes, ou seja, são essas as potencialidades que devem ser exploradas para elaboração de toda e qualquer proposta voltada a esses jovens e assim elevar a sua participação na política através das suas organizações (Grêmios Estudantis, DCE´s, DA´s grupos de teatro, dança, Hip Hop entre outros...)               
            A inserção da juventude na política é de extrema importância para renovar quadros, trazer novas idéias e construir novos caminhos para Brasil.
            A juventude deve estar ciente dos acontecimentos políticos do Brasil, bem como fazer um chamamento à responsabilidade de toda para que assumam de fato, e de direito, o seu lugar na condução dos seus destinos, e o do nosso país.    
            Já não é aceitável que nossos adolescentes, inteligentes, dinâmicos e criativos fiquem relegados a planos secundários ou, totalmente ignorados pelas elites brasileiras. É necessário construir programas e projetos audaciosos que agreguem e incluam os jovens no esporte, nas artes e no mercado de trabalho, de forma a elevar a auto-estima e dignidade de uma nação.
            Os jovens brasileiros construíram um grande legado popular e de luta para história política do Brasil. E são estes jovens que estão chamados a eleger um novo presidente da República que dê continuidade as mudanças iniciadas no governo Lula com as entre outras: Secretaria Nacional da Juventude, o Projovem, Prouni, 2º Tempo, Pontos de Cultura e os projetos do Pronasci,  que mudaram a vida milhões de jovens brasileiros.         
            Os jovens não podem e nem ficarão omissos, terão que acreditar na sua força como instrumento de transformação. Pois, “a transformação é como uma porta que devemos abrir - lá por dentro” como dizia Shakespeare. Sejam os jovens conscientes, independente da sua ideologia, do partido em que estejam,que  não podem e nem ficarão ausentes das discussões do seus futuros e a possibilidade de conquistar um mundo mais justo.
Será a através da participação consciente dos jovens na política que o Brasil se afirmará como uma nação próspera e soberana.

Na Revista Somando - Vereador Juliano Roso PCdoB – Passo Fundo – RS

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