A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, assumiu neste sábado (17) durante plenária com os movimentos sociais em Porto Alegre (RS) o compromisso com o emprego e a renda. E disse ainda que não tem medo de assumir o colocar como meta acabar com a miséria, universalizar o esgotamento sanitário, e dar fim ao déficit habitacional na próxima década.
“Assumo aqui com vocês o compromisso que assumi em São Bernardo, o compromisso com o emprego e a renda. Assumo também o compromisso que muitos acham que é absurdo, porque jamais se acostumaram a colocar metas para si e cumpri-las, que nós temos que acabar com a miséria nessa década, universalizar o esgoto e acabar com o déficit habitacional. Por que isso não é demagógico? Porque tinha coisas que duvidavam e nós conseguimos fazer”, afirmou.
Dilma voltou a afirmar que jamais fugirá de suas responsabilidades.“Digo e vou repetir. Eu não fujo quando a situação fica difícil. Eu não estou me referindo aqui à ditadura. Na ditadura, nós somos obrigados a fugir, porque é a diferença entre viver normalmente e entre a vida e a morte. O que eu quero dizer é que fiz todas as coisas por convicção. Não abandono o barco quando as coisas ficam difíceis. Então podem tentar tornar as coisas difíceis pra mim porque eu não abandono o barco”.
A pré-candidata petista disse ainda que não esmorecerá. “Vou estar muito velha com meus netos, lutando por um país mais desenvolvido, soberano, com justiça social e com igualdade”. E acrescentou: “Eu não apelo, vocês não me verão por aí usando métodos pouco éticos para atacar adversários. Não me verão usando métodos para inventar biografias contra ninguém. Mesmo quando sobre mim caiam ataques falsos e difamantes”.
Dilma salientou que não trairá o país. “Não traio os interesses do país. Jamais me verão pedindo que esqueçam o que eu disse. E podem ter certeza que só assim vale a pena”. Ela também disse que não entrega o país e não venderá o Estado. “Eu não entrego meu país. Jamais vou entregar o meu país. Não me verão tomando posições, decisões que levem a perda das riquezas do país ou que levem a venda de seu patrimônio e das empresas públicas. Não esperem de mim a destruição do Estado brasileiro”, disse.
Dilma disse ainda para os movimentos sociais que sempre respeitará o direito de expressão e manterá o diálogo sem usar a força de repressão. “Tem outra coisa que me diferencia. Eu respeito os movimentos sociais. Esteja onde eu estiver eu respeito os movimentos sociais. Respeito o direito de organização sindical, o direito de expressão. Sei que uma democracia como a nossa precisa de movimentos sociais fortes, é impossível que um democrata prenda, bata, persiga os movimentos sociais, jogando cães sobre eles”, discursou.
Os avanços do governo Lula também foram destacados pela pré-candidata.“Aquele país triste, da estagnação e da desigualdade, e do desemprego, nós enterramos no governo do presidente Lula. Nasceu um outro país. Por mais que eles queiram dizer que é continuidade do outro governo, todos sabem onde doía seu calo, que doía o bolso e onde morria suas esperanças. Hoje podemos dizer que mudou, porque construímos um novo Brasil que agora anda para o mundo inteiro com cabeça erguida, auto-estima e é respeitado”.
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