Vereador - PCdoB Passo Fundo





segunda-feira, 5 de julho de 2010

Conhecendo Abgail Pereira, candidata ao Senado pelo PCdoB gaúcho

"Biga", como é conhecida entre os seus companheiros de luta sindical e política, tem larga trajetória no movimento social, além de ser detentora de um discurso com forte conteúdo. Abgail também se destaca pela facilidade de se comunicar, pela simpatia e pela militância aguerrida. Foram essas credenciais que levaram o PCdoB a elege-la para assumir a candidatura do partido ao Senado Federal ao lado de Paulo Paim (PT).

Natural de Caxias do Sul, Abgail tem 49 anos. Formada em Pedagogia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), com pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco (RJ), Biga é servidora pública lotada na Biblioteca Municipal de Caxias.

Abgail entra na disputa com a propriedade de uma militante ativa para mostrar ao povo gaúcho que não basta ser mulher. É preciso estar engajada na luta em defesa das mulheres. A comunista reúne todas as credenciais falar nesse campo. Ela iniciou a militância em 1981 no movimento estudantil. Três anos mais tarde filou-se ao PCdoB, mantendo-se fiel ao partido que escolheu para militar. Com a garra de uma trabalhadora comunista, a jovem Biga participou da fundação da União das Mulheres Caxienses (UMCA) e da União Brasileira de Mulheres (UBM).

Esse foi só o começo da trajetória de lutas por políticas públicas que passaram a integrar o currículo de Abgail, que recebeu dos pais Almiro Pereira e Andradina Rodrigues Pereira o nome de batismo de Dilce Abgail Rodrigues Pereira quando nasceu em 30 de julho de 1960. Única filha mulher entre nove filhos, a comunista se destacou desde criança. O carisma e a ternura fizeram com que a identidade de nascimento fosse carinhosamente alterada para Abgail Pereira ou simplesmente Biga.

Com destacada atuação no movimento sindical, foi presidente por três mandatos e é atual vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares e em Turismo e Hospitalidade de Caxias do Sul (Sintrahtur). Foi ainda vice-presidente da (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comercio e Serviços (Contracs) e integra a direção executiva da terceira maior central do país, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), onde dirige a secretaria de Mulheres. Em 2009, foi eleita para a direção nacional do PCdoB e, no RS, faz parte da Comissão Política da direção do partido.

Em 2008, tornou-se candidata a vice-prefeita em Caxias do Sul na chapa liderada pelo petista Pepe Vargas. Antes, em 2004, concorreu à vereadora para a Câmara de Caxias do Sul. Não se elegeu, mas tornou-se a terceira mulher mais votada naquele pleito. Casada com Guiomar Vidor, é mãe de Thomaz e Filipe.
Abgail, tenta pela primeira vez chegar ao Senado Federal para continuar escrevendo a sua história e colocar em prática os ideais que acompanham desde a juventude.

Trabalho em defesa da mulher
 
A trajetória política de Abgail Pereira demonstra o seu comprometimento com a luta por políticas públicas voltadas à mulher. Uma das batalhas e conquistas foi pela implantação da Delegacia para Mulher em Caxias do Sul.

Abgail teve ainda forte atuação na Constituinte e na elaboração da Lei Orgânica do Município (LOM).

A comunista foi a primeira assessora política do Legislativo de Caxias do Sul, onde trabalhou ao lado de um dos maiores nomes da luta de gênero na sua terra natal: a então vereadora Raquel Grazziotin.

Nos governos de Pepe Vargas na prefeitura de Caxias do Sul, Abgail participou da elaboração e implantação do estatuto da Casa de Apoio Viva Raquel, instituição que passaria a abrigar mulheres vítimas da violência doméstica.


Herança do tradicionalismo
 
Além da atuação política e sindical, Abgail Pereira reúne ainda qualidades e virtudes que a aproximam da história do Rio Grande do Sul. Nascida em família de tradicionalistas, desde os primeiros anos aprendeu a amar a história riograndense e os costumes do seu povo, participando de várias atividades como integrante da Invernada Artística do CTG Paixão Cortes. O tradicionalismo faz parte da vida de Abgail, que tem contribuído de forma intensa para a difusão dos CTGs e da sua cultura, como declamadora e componente do corpo de dança. 

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